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sábado, 28 de maio de 2016

Um dia sem estupro!

"Que tempos são estes, em que temos que defender o óbvio?" 
                                                                      Bertolt Brecht 

Que dia é este?
Que rimos,
Que nos orgulhamos da nossa precoce ignorância,
Que bebemos com volupia, no cálice sagrado,
Do machismo nosso de cada dia.

Coisificamos o que não é nosso,
Implatamos a semente do ódio,
A quem ainda lentamente floresce.

Calamos, optamos à calar
Do que irmos a trincheira da luta, a deriva de sí
Não queremos tocar na férida,
Preferimos a paz, o falso silêncio de ser
O sono dos justos, 
A manutenção dos anestesícos da fragilidade humana

Precisamos de luta!
De frente única,
Ruir o interior dessa estrutura antagonica

Somos tão insignificantes, 
E de tão cálido e solitário o terreno,
Preferimos nos odiar!
                                                                  
A luta companheiros,
Chega desse silêncio suspeito 
Ao fim da ignorância hereditária,
Ao fim desse vazio que nos imbcializa cada vez mais
Ao fim desse escapismo em prol do consumo inconsciente,
Ao fim de venderem nossos sentimentos (Só não sabia que seria por tão pouco)
Ao fim dessa ridícula estrutura educacional, 
Ao fim do conforto do educador,
Ao fim da lógica meritocrátia,
Ao fim do vestibular,
Ao fim dos porões dessa loucura,
Ao fim de deixarmos para os deuses que criamos as nossas feridas.

As feridas é o que nos faz gente,
Sãos elas que nos dão algum sentido de identidade,
As feridas são o que procuramos esconder nessa ostensiva negação das própria identidade,
A ferida é a nossa nudez, é o que nos faz chorar,
É onde nos criamos, é o nosso credo,
É o que nos faz amar
Em certa medida feridas é sinonimo de biográfia, e é o que nos faz entendermos nosso lugar no mundo,

É a memória de um povo que luta todo dia consigo mesmo,
Sempre a deriva das insuficiências de seu país.
Gente é feita pra brilhar, pra amar, pra cuidar, pra lutar!

                                          (Star Dance - Colagem feita por Josh Lopez)

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