Marcadores

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Estamos perdendo as dimensões humanas? E a reflexão da nossa condição?

 Com certeza o espaço há, mas para quem?

Definitivamente nossa organização social, pelo menos enquanto sociedade, insiste em sua tradição pouco democrática. Não raro o artista se encontra em uma série de infortúnios salvo quando dispõem de recursos próprios que consigam assegurar a sua existência e suas formas de ser no mundo. 
Talvez esteja cometendo um anacronismo imensurável. Mas os espaços culturais e de produção de cultura se tornam mais elitistas. A arte, educação como vias de transformação social é inegável. Porém a batalha estética pela consciência e pela leitura de mundo nos vence pelo cansaço. A quantidade de informação acumulada satura toda nossa percepção social, estamos cronicamente online consumindo, nossas redes sociais nos transformam em mercadorias. Já são sentido os efeitos dos mais novos inserido nesse mundo que nunca desliga. Cansaço, insônia, crise de pânico. Estamos cronicamente adoecendo. As grandes corporações definem e norteiam as discussões, as tendências de moda. Os senhores de terra elaboram seus castelos onde podemos elaborar qualquer discurso e estética, o preço é se tornar um avatar de sí mesmo. Confuso, ansioso sem entender onde deixamos de ser humanas e passamos a ser mercadorias.
O grande eu, tudo em torno do grande eu, estamos sempre as voltas do eu. E o que esse eu elabora sobre sí mesmo. Essa dilatação da individualidade enxuga toda perspectiva de sociedade. E até de sí mesmo com sí. É uma tragédia, não sei se há algum antidoto. Porém a arte, sempre nos permite os saltos da liberdade, de colocar em cheque as certezas e as lamúrias de uma vida, a arte, e o estimulo a criatividade permite possibilidades ao individuo num ato de transformação enquanto produz o seu processo artístico. É necessário entrar em contato consigo. Seja pela moda, estética, literatura, música, só o olhar atento pra dentro consiga transmutar qualquer paz de espirito. 



Um comentário:

Estamos perdendo as dimensões humanas? E a reflexão da nossa condição?

 Com certeza o espaço há, mas para quem? Definitivamente nossa organização social, pelo menos enquanto sociedade, insiste em sua tradição po...